quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Estado de Paz - 40




Obrigado por seres quem és. A tua essência divina não me deixa dúvidas. A profundidade da tua beleza revela-se na medida que tu deixares, onde não interferires brilharás. Por interferência entendo tentativa de melhorar ou piorar algo. Hoje trago-te uma proposta de trabalho. Esta mesma proposta de trabalho que já passou de proposta a “contrato”, tem vindo a ser passada há já algum tempo por várias pessoas e a qual também quero reforçar com este texto. Reconheço-te como um ser extremamente poderoso em muitos níveis. Para conseguires estar triste tens que furar todas as camadas de amor e de alegria que carregas no teu ADN, nas tuas células, e são muitas. Quando finalmente as consegues convencer as tuas glândulas reagem produzindo químicos que alteram o teu metabolismo e interiorizam a tristeza. Para conseguires estar doente tens que furar todos os sistemas naturais de defesa do corpo. E só então, quando consegues contaminar a central do sistema imunitário ela deixa de ter forças para reagir e manifesta-se a doença. Como vês és capaz das maiores proezas. Dentro do que queres e do que não queres mas que acontece na mesma. Assim a negação tem um grande poder de manifestação. E quanto mais negarmos mais ela ganha força porque está cada vez mais presente na nossa realidade mental. Por exemplo, se nos esforçamos muito para não sermos pobres e tudo fazemos para não sermos pobres, a pobreza está sempre presente na nossa cabeça, e isso torna-a real para nós. Se trabalharmos para a abundância, para sentirmos a abundância, e para que ela seja parte activa da nossa vida, o que está sempre presente na nossa cabeça? A abundância. Há quem lhe chame pensamento positivo, mas é muito mais do que isso. Então, aquilo que te proponho é uma reflexão sobre todas as instituições, organismos, sociedades, grupos, organizações, ligas, ditados ou slogans, que por falta de consciência ou informação, vão perpetuando o estado das coisas cujos opostos lhes dão origem. Por exemplo: liga portuguesa contra o cancro, liga portuguesa contra a epilepsia, liga portuguesa contra a sida, combate à pobreza, luta contra a droga, luta contra a sida, combate à exclusão social… Que fique claro que não pretendo criticar nem julgar quem com todo o amor se dedica aos outros, com serviço, entrega e dedicação. Um bem-haja a todas estas pessoas, muitas das quais são voluntárias. Mas que também fique claro que estes “títulos”, estas designações, estes slogans, vão dar continuidade aos problemas porque nos obrigam a um tipo de tristeza que nos baixa a energia para encontrarmos uma solução mais abrangente. Dizia um amigo: “quem brame a espada, permanece na espada”. Não é possível viver-se em paz enquanto se defende da guerra, ou há guerra ou há paz. Ninguém pode atingir o sucesso numa vida isenta de dependência da droga se constantemente lutar contra ela, porque isso faz dela a sua razão de viver. Não porque a toma, mas porque não se liberta dela. Então tudo se trata de liberdade. De nos libertarmos. E liberdade só existe com a verdade. A Verdade. Tantas vezes foi dito e redito, esquecido e resquecido. Pois bem, estamos na era da liberdade, Liberdade, chegou a vez e veio para ficar a Verdade que nos vai surgindo das mais diversas formas e nos leva a ver as coisas de uma forma totalmente nova como nunca tínhamos conseguido ou permitido antes. Chegou a hora de erguermos de novo as velas que nos levarão a um mundo novo, uma nova consciência. Paz é aceitarmos que assim é, como todo o amor e gratidão pela beleza da vida e de todos os seus intervenientes.

A continuar…

M.A.S.