sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Estado de Paz - 43

Obrigado por seres quem és. Hoje quero partilhar contigo uma forma praticamente gratuita de ser feliz 90% dos dias e 90% de cada dia. Não se trata de algo que esteja em saldo, nem tão pouco desconta para cartões, nem nos temos de preocupar de estar a pagar o preço mínimo e raramente é necessária publicidade na caixa do correio. É uma energia limpa, ecológica e inesgotável. É praticamente gratuita, e digo praticamente porque nos precisamos de deslocar de um lado para o outro para funcionar em pleno. Dizem-me, por vezes, que não entendem como praticar algumas das coisas de que falo ou que é só teoria. Mas se não praticarmos como vamos descobrir se é verdade ou não? Estas coisas exigem acção e determinação em vez de resignação e comodismo. Vamos lá ao exercício diário digno de uma sociedade de consumo. Pela manhã e ao espelho desejamo-nos, gratuitamente, um bom dia cheio de realizações construtivas e harmoniosas. Cumprimentamos os nossos familiares com um “Bom dia! Já te disse hoje que te amo?” e estendemos-lhes um abraço complementado com um beijo ou dois, se nos sentirmos generosos. Sem grandes preocupações mas cuidando minimamente do nosso aspecto exterior que reflecte de algum modo o nosso aspecto interior, saímos à rua. Não esquecer de levar aquele sorriso que tem ficado guardado no guarda-jóias dentro do cofre todo este tempo. Partilhe-o, mostre-o, dê-o, afinal sai-lhe de graça, e há até quem retribua! Quem diria haver retribuição de algo que demos de graça?!? Continuando… Nesta fase e já surpreendidos e inebriados por uma inesperada alegria que nos acompanha, chegamos ao nosso trabalho. Não desesperes, nem só nas férias temos que nos sentir alegres. Com um bocado de sorte o nosso trabalho entrou neste exercício, e lá nos trazem um problema ou outro para resolver, muitas vezes sem pagarmos para o ter, logo um problema gratuito. Desejamos um bom dia a quem nos trouxe o problema e um bom dia ao próprio problema. E assim acabámos de baralhar isto tudo. A pessoa que nos trouxe o problema não está habituado a este tratamento nem o próprio problema o está. Se deixámos de receber o problema como um problema passa a ser outra coisa… é uma situação. Passou a ser algo mais leve. O problema habituou-se a ver-nos sisudos. Se respondemos com leveza e serenidade, o problema devolve a sua outra face… a solução. Com a nossa mudança de postura o problema acompanha-a. Estamos agora noutra onda, noutro estado de consciência. Por muito difícil que seja a situação temos uma porta aberta para percepcionar a solução, ou uma solução. No final, devemos agradecer à situação e a quem a provocou e/ou trouxe a mesma ao nosso conhecimento a oportunidade riquíssima de nos transformamos em parte da solução. Se a experiência foi desgastante e para que não falte alento, convida-te a ti próprio para almoçares fora e comemorar o facto de estares vivo para a viveres. A refeição não será gratuita (provavelmente) mas a alegria que nos traz não tem preço, nem o respeito que agora manifestamos por nós próprios e pelo nosso corpo. Aproveita e trata com distinção profunda alegria quem te confeccionou a refeição e quem a serviu. A gorjeta não é uma esmola. Faz parte do processo de nos soltarmos, irmos além das obrigações, dentro do espírito da abundância. E esse “excedente”, por mais insignificante que pareça face ao total da conta a pagar, é muitas vezes a maior alegria de quem nos serviu. Fazer aos outros o que gostaríamos que nos fizessem. Nada nos trará maior paz e serenidade.

A continuar…

M.A.S.

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