segunda-feira, 23 de outubro de 2006

Estado de Paz - 1

Obrigado por se sentir atraído por este título e por este assunto. Afinal há mais paz em si do que inicialmente suporia. Se o assunto fosse doces, atrairia gulosos, os que lhes atribuem valor, sendo o assunto paz e se sentiu atraído a ler é porque o seu coração ainda a mantém viva e reconhece. Parabéns e longa vida aos atraídos.

Na verdade, todos somos frutos do amor, nascemos para a paz, mas nem sempre em paz. Se ainda há quem nasça em cenários que não os de paz, é por que ainda é necessário um abre-olhos para a existência destas situações atípicas em relação à nossa natureza amorosa e pacífica.

Se não está a concordar total ou parcialmente, mas ainda assim se sente impelido a continuar a ler saiba que está a praticar a paz; paz é também a aceitação e saudável convivência de opiniões diferentes, manifestadas ou não. Podemos não concordar com uma ideia, mas convivermos harmoniosamente, num mesmo espaço-tempo, com alguém que a siga e pratique. Paz é liberdade.

Por outro lado, assistimos no panorama mundial à perda de referências deste estado natural de paz. Para quem liga a televisão e lê os jornais o estado natural, ou instituído e aceite, é a violência, a guerra e a impunidade por inércia dos sistemas, seja político, seja da saúde, da educação, ou de outro qualquer e de qualquer que seja. Se não houver referências anteriores, ou não forem devidamente explicadas e contextualizadas as cenas vistas ou descritas, que confusão não deve reinar na cabeça dos novos seres que nascem todos os dias neste maravilhoso planeta.

Antigamente os mineiros tinham uma mascote que levavam para as minas, um canário, ou outra qualquer. Quando apanhavam uma bolsa de gás a mascote, que era o elemento mais sensível, era o primeiro a dar sinal, normalmente morria e com isso alertava os mineiros para o perigo iminente, e muitas vidas se salvaram assim.

As crianças e os jovens de hoje e de sempre, são os nossos elementos mais sensíveis. E quando se assiste a distúrbios generalizados de comportamento nas crianças e jovens modernos, é sinal de alerta. Alerta este que é continuamente ignorado. Mas até quando vamos mascarar este alerta de doença e inadaptação? Não nos sentiríamos todos confusos se tivéssemos nascido para a paz, sentíssemos que a paz é o nosso estado natural, e de repente para todo o lado onde olhamos não encontramos esse espaço e esse mundo? E por que outra razão que não a nossa própria ignorância, se insiste em amordaçar com anti-depressivos, tranquilizantes e ansiolíticos quem nos está a salvar a vida? A salvar a vida? Quanto tempo mais cada um pensa que é sustentável esta situação fora do equilíbrio? Até que ponto nos afecta a vida diária? As nossas metas? O nosso país?

Se o Homem desequilibra, a Terra como ser vivo que é, restitui ao equilíbrio: maremoto/tsunami no sudeste asiático, furacão Katrina, terramoto na Ásia, gripe das aves…

Mas não há problemas sem solução, nem soluções que não dêem problemas, a menos que se encontre o equilíbrio. E ele está mais perto do que todos suporiam. A solução para este rumo aparentemente perdido, e a sua prática é tão simples que, por isso mesmo, tem sido ignorada quase por uma eternidade.

A continuar…

M.A.S.

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